quarta-feira, 9 de julho de 2008

Energia Nuclear em foco

Energia Nuclear em Foco
Niterói, 29/05/2008 – Quinta-feira.

A Energia Nuclear Beneficiando o Homem.
O homem tem a seu favor técnicas nucleares na medicina e nos mais diversos ramos da indústria. Os isótopos radioativos ou radioisótopo podem ser usados em benefício da saúde quando empregados para destruir células ou microorganismos nocivos. As radiações emitidas por eles podem atravessar a matéria e serem detectados por aparelhos denominados detectores de radiação, que vão facilitar a medicina nuclear tanto em diagnóstico como em terapia. A radioterapia, por exemplo, é usada para destruir células cancerosas.
Os radiofármacos usados em medicina no Brasil são, em sua maioria, produzidos pelo IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) que fica em São Paulo. É possível, também, acompanhar o uso da aplicação da radioatividade na agricultura para eliminar pragas. E ainda pode ser usada para a defesa da alimentação e do meio ambiente, pois é possível determinar se um agrotóxico fica retido nos alimentos ou quando vai para o solo, para a água e para atmosfera. Outra aplicação importante é a irradiação para a conservação de produtos agrícolas, como batata, cebola, feijão, alho.
Uma vez irradiado os produtos podem ser armazenados por mais de um ano. Já sabemos que a energia nuclear pode contribuir para a melhoria de vida da humanidade. Cabe ao homem definir se quer usá-la e de que modo, para o bem ou para o mal.

Benefícios da Energia Nuclear
São benefícios da energia nuclear:
Traçadores Radioativos, Radioisótopos na medicina, Radioterapia, Braquiterapia e produção de eletricidade (embora exista controvérsia sobre esse ponto).
No Brasil, temos em funcionamento a usina nuclear Angra II, sendo que a produção de energia elétrica é pequena em relação à necessidade de abastecimento da região sudeste. No âmbito governamental, está em construção a usina nuclear Angra III por causa do déficit de energia no país e fala-se no projeto de mais cinco usinas. Entretanto, essa discussão precisa ser acompanhada pelos cidadãos porque os recursos hídricos no Brasil são abundantes e pouco aproveitados. Especificamente em relação à energia nuclear, deve-se pensar no alto custo devido aos investimentos em segurança e à necessidade de armazenar resíduos.








Para a produção de energia elétrica pode-se pensar em outras fontes mais viáveis. Para aplicar a energia nuclear na medicina e na indústria apenas os reatores de baixa potência são suficientes. Segundo autoridades no assunto, o Brasil é dependente de empresas estrangeiras, como nos diz o físico Rogério Cerqueira Leite: “o ciclo do combustível se constitui de três etapas, além da extração e da concentração do urânio. A primeira etapa que é aquela referente ao enriquecimento do urânio foi dominada ao nível de planta piloto, mas arrisca ser perdida por falta de continuidade das pesquisas. A segunda etapa, a construção de reatores, foi interrompida ainda em nível laboratorial. Decididamente, não detemos a tecnologia de produção de reatores. A terceira fase do ciclo é constituída dos processos de tratamento do combustível usado e recuperação do urânio, do plutônio e de outros derivados economicamente interessantes. Não chegamos sequer a tentar dominá-lo, exceto por algumas iniciativas extemporâneas esparsas e sem resultados tecnológicos e econômicos aceitáveis”. Enfim, o combustível é barato, é a forma mais concentrada de geração de energia, o resíduo é o mais compacto de todas as fontes, a base científica é extensiva para todo o ciclo, é fácil de transportar como novo combustível e nenhum efeito estufa ou chuva ácida.
Como há uma grande polêmica sobre o uso da energia nuclear, é necessário explorar mais o tema para que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer os problemas e também os benefícios. Só divulgando o conhecimento a sociedade terá condições de desfazer mitos e participar nas decisões de assuntos importantes para o destino da humanidade.

Editorial
Afinal de contas, as soluções estão aí, ao alcance da mão.

Mais importante, talvez, do que construir usinas nucleares para produção de energia elétrica seja o investimento em pesquisas voltadas para a medicina, para a agricultura e para o controle da poluição radioativa.
Os governos poderiam investir em equipamentos, centros de pesquisa, formação de cientistas e verbas para novas técnicas nucleares na medicina, a fim de que testes possam ser feitos para viabilizar novas curas com o uso da energia nuclear.
Também é grave a situação mundial em relação aos alimentos. A energia nuclear pode ajudar nesse campo, melhorando a produção, contribuindo para o controle no uso indevido de agrotóxicos que prejudicam a saúde e para a conservação de alimentos. Essa questão deveria ser prioridade, já que muitas pessoas no mundo passam fome. Além disso, a poluição ambiental é um problema crescente, ameaçando a vida na Terra. Por isso, é necessário se preocupar com os resíduos tóxicos e com o poder de contaminação que essa forma de energia tem.
Para enfrentar esses problemas o homem tem a inteligência, basta haver seriedade, recursos e compromisso com a vida.





Equipe de Editores: Turma J9B/1º semestre de 2008.
Felipe Luiz, Felipe Victor, George Viera, Marcelo, Marcio, Tiago Correia.


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